4° Batalhão - Pelotas RS
Ex-Comandante da Linha de Tiro
Ex- Chefe do Estado Maior da Brigada Militar
Patrono do 10°Batalhão de Vacaria RS
Patrono da Antiga
Sociedade Cel. José Rodrigues Sobral,
hoje denominada de:
Clube dos subtenentes e sargentos da Brigada Militar RS
Grande Benemérito da Maçonaria do RS
Ex- Prefeito de Encantado RS
Ex- Interventor de Viamão RS
Ex- Tesoureiro da arrecadação da
Estátua do General Osório em Porto Alegre RS
O boi que voltou pra casa sozinho
Em Uruguaiana, todo mundo conhecia o Seu Florêncio, um gaudério véio, de bombacha alinhada, lenço encarnado e mais teimoso que cusco de rua. Mas o xodó da vida dele era o Canário, um boi gordo, manso e inteligente — que puxava carroça, levava lenha e, dizem, até escutava rádio junto com o dono no galpão.
“Esse boi entende mais de campo que muito piá de apartamento”, dizia o Florêncio.
Mas como a vida é que nem cavalo xucro — às vezes nos derruba — Seu Florêncio ficou doente e foi parar no hospital.
Sem saber o que fazer com o Canário, a família vendeu o bicho pra uma estância lá pros lados de Itaqui. Mas o Canário não se conformou.
Na primeira noite, ficou parado olhando pro céu.
Na segunda, mugiu(ou tentou, vai saber).
Na terceira, sumiu.
Três dias depois, o encontraram deitado em frente à casa do Seu Florêncio, em Uruguaiana, com a cabeça encostada no portão, feito cusco fiel.
Quando contaram pro velho no hospital, ele respirou fundo, enxugou o olho e falou:
“Bah… se até o Canário voltou… então eu também tô voltando.”
Duas semanas depois, lá estavam os dois:
Florêncio e Canário, sentados na sombra da casa, ouvindo a velha rádio de pilha.
O gaúcho tomando mate. O boi só respirando fundo.
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